quinta-feira, 20 de julho de 2017

Ácido

O ácido cítrico sulca-me o negro salgado
que me apoia o olhar vazio,
desprovido de vida, de luz noturna,
retido na penumbra da minha sombra,
encostada ao ombro da lua magenta.

Agarro-me às trevas de espinhos,
perfurando a carne calejada de lágrimas…
Procuro pirilampos, o luar, e as estrelas cadentes,
intermitências de mim, de quem fui ou de quem queria ser…

Ardem-me as pupilas
mergulhadas na espuma da maré,
deitadas na areia molhada.

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