quinta-feira, 14 de julho de 2016

Rosa brava



Nascem-me espinhos afiados e pétalas perfumadas
sob um céu de fumo e fogo ardente…
Vegeto neste chão como prisioneira
da minha condição de rosa brava.

Sugo-te a água e os nutrientes do solo
para alimentar o fel que transborda deste gineceu,
carpelos em fúria ávidos do pólen
que me sobrevoa em enxames de abelhas prenhas.

Sou rosa sem cor,
apenas brava, apenas de espinhos
de raízes mutantes e nómadas…


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