quarta-feira, 7 de maio de 2014

Poesia















Fujo da palavra escrita,
que materializa esta dor intangível
em sombras negras e obscuras,
que uivam asperamente no meu ouvido…
Fujo desta folha imaculadamente branca,
com receio de a tingir com os meus fantasmas
e os demónios que se apoderaram do meu corpo!

Fujo….
….mas sinto falta de ti…
de te ler… de te recitar…
Procuro-te uma e outra vez cá dentro
mas não te encontro...

Chamo por ti...
               ... sedenta do teu licor...
do alimento que me mantém viva e fértil!
Só tu me poderás cortar as algemas de espinhos
que me aprisionam dentro desta gruta infernal!

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