sexta-feira, 24 de junho de 2011

Destino























O corpo só…
Estala-me nas rochas da alma…
Espuma de cristais afiados
na escarpa dorida
e o assobio noturno dos corvos
cercando as presas fugitivas,
roedores famintos
que procuram o abrigo prateado da lua
ou a carícia que voou
e transformou-se em coruja.

Nascem-me asas de vidro,
sem penas, estilhaços apenas…
Arrasto-me pelo solo arenoso,
evitando o destino:
voar é o suicídio.

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