sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Terra dura














Cavamos a terra dura e seca,
plantamos calos rijos de um lenhador velho…
Sinto-me escrava de pele suja.
Pés nus sobre a noite pálida,
solitária…
Apenas o silêncio
sentado na montanha gelada!

Descobrimos o inferno do meio-dia,
sob os chapéus de palha clara
e a compaixão do crepúsculo violeta
que traz a brisa fresca
e um manto fofo de nuvens negras.

Bebo o orvalho matinal das folhas tenras
e alimento-me da seiva do teu corpo.
Cantam-me os grilos nocturnos
a valsa da insónia
enquanto as cigarras se recolhem
e os pirilampos espreitam curiosos
Uma sombra que respira deitada
nas margens do rio lágrima.

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