quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Toque
















Toco-te sem ver a linha do rosto…
abatido, preso na sombra de um plátano despido!
Os aromas quentes,
que te definem o sabor agridoce,
circundam-me a boca húmida,
mendiga desses lábios serenos.
E a tua voz macia
acaricia-me as pestanas pesadas…

Veio a geada nocturna,
cristalizou esta folha branca
com que te escrevo nua,
sentada num banco de jardim.

As tulipas aconchegam-me os cabelos encaracolados
e os pirilampos aproximam-se…
Com as libelinhas e as borboletas
formam uma gruta mágica
e uma clareira de Lua cheia.

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